Saturday, May 05, 2007

Treze suspeitos ainda na prisão

Diário Catarinense ; Mariana Ortiga ; 5/5/2007


Treze dos 22 suspeitos de envolvimento na comercialização de licenças ambientais investigados na Operação Moeda Verde, deflagrada quinta-feira pela Polícia Federal (PF), continuam presos. Ontem, cinco detidos foram transferidos para o presídio masculino da Capital, e quatro pessoas, liberadas. No começo da noite, o médico e sócio da clínica SOS Cárdio, Sérgio Lima de Almeida, que não foi detido no primeiro dia da operação, apresentou-se à polícia.

Rubens e Rodrigo Bazzo, Itanoir Cláudio, André Luiz Dadam e Marcelo Vieira Nascimento saíram da sede da superintendência por falta de espaço na carceragem. A transferência foi realizada, por volta das 16h, por três viaturas.

No presídio, seguirão cumprindo a prisão temporária. Eles levaram junto pertences, como colchões e travesseiros e, algemados, tentavam esconder os rostos. Em frente à superintendência, um grupo de integrantes de entidades ambientais se manifestou a favor das prisões.

No hall de entrada da Polícia Federal, os advogados da família Bazzo preferiram não comentar a transferência de pai e filho, ambos servidores da Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp). Alegaram não terem acesso ao processo dos clientes.

Fernando Marcondes de Mattos, Gilson Junckes, Amilcar da Silveira e Paulo Toniolo Júnior foram liberados após pedidos dos respectivos advogados, já que os quatro haviam prestado depoimento, e de o juiz Zenildo Bodnar considerar a prisão do grupo não ser mais necessária para a obtenção de provas.

Governador avalia situação de Marcílio

O dono da Construtora Magno Martins, Aurélio Paladini, também seria beneficiado pelo alvará de soltura, mas, segundo seu advogado, André Melo Filho, foi flagrado com porte ilegal de arma durante a abordagem da Polícia Federal na quinta-feira. Como a questão não é da alçada da Justiça Federal, e sim, da Estadual, Paladini deve aguardar, pelo menos, até segunda-feira para ser libertado.

Péricles Druck e Fernando Habckost, ambos do grupo Habitasul, permanecem na Superintendência da Polícia Federal, em Porto Alegre.

Dois citados nas investigações ainda não foram detidos. O presidente da Santur e vereador eleito da Capital, Marcílio Ávila, está em viagem oficial à Argentina e deverá se apresentar somente na semana que vem.

Ontem, o governador Luiz Henrique da Silveira disse que o afastamento de Ávila dependerá de seu envolvimento nas denúncias, mas, pelo que havia sido informado, não seria necessário o desligamento. O governador designou o procurador- geral do Estado, Adriano Zanotto, para acompanhar Ávila em seu depoimento na sede da Polícia Federal assim que ele retornar à cidade.

Assim como Marcílio, Paulo Cezar Maciel da Silva, sócio do Shopping Iguatemi, também tem mandado de prisão temporária e ainda não foi preso.

O médico Sérgio Lima de Almeida se apresentou ontem à noite. Ele chegou acompanhado do advogado Leoberto Caon e não quis dar declarações. O advogado do médico afirmou que seu cliente não se apresentou na quinta-feira, quando as prisões foram deflagradas, pois estava em Los Angeles, nos Estados Unidos. Sérgio teria ficado sabendo da determinação do juiz federal Zenildo Bodnar por telefone pela esposa.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home